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Roteiros Urbanos

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O topónimo Alfândega encontra as origens entre os séculos VIII-IX, resultado do curto espaço de tempo da ocupação muçulmana da região. Pode ter significado apenas local de passagem, de instalação provisória, com pouca ocupação permanente. No entanto, existem na zona vestígios de povoamentos pré-romanos e a própria parte alta da atual vila pode ter sido um desses locais, dadas as condições naturais de resguardo e defesa.

Diz a lenda dos “Cavaleiros das Esporas Douradas” que foi berço de bravos cavaleiros, cujas ações contra os ocupantes atingiram o seu ponto alto na mítica batalha de Chacim, com ajuda divina de “Nossa Senhora de balsamo na mão” a aliviar os cristãos das feridas do combate, o que lhes permitiu a vitória. De tal feito terá resultado a junção do indicativo “da Fé”, para frisar a nova realidade de poder, facto que já vem expresso na carta de foral de 1294.

Entre o passado e a contemporaneidade propomos dois circuitos. Percorra as estreitas ruas, onde sobreviveram algumas construções mais antigas, entre as quais uma casa brasonada, edifícios religiosos, ou a peculiar Torre do Relógio, no denominado Roteiro da História.

Aproveite o passeio e acompanhe o traço de modernismo patente no museu ao ar livre composto por esculturas, painéis de pintura cerâmica e até murais executados em espaços especialmente seleccionados para tal, de artistas plásticos consagrados. As obras de arte estão distribuídas por vários espaços públicos e podem ser apreciadas à medida que vai visitando outros elementos identificativos da sede do concelho.

Assim é Alfândega da Fé.

Descarregue aqui o Roteiro de Arte Urbana
  • Mapa

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  • Roteiro da Arte Pública

    voltagem

    Escultura, Pintura em Azulejo e Grafitti, são estas formas de arte que pode encontrar em diversos espaços públicos da vila, nota de contemporaneidade de um concelho, cuja fundação, por D. Dinis, remonta a 1294.

    O nosso passeio começa e uma obra inusitada surge na paisagem, sinais de trânsito transformados em arte urbana por Hazul. “Semio” é um tríptico vertical, criado no âmbito do projecto Voltagem (2016/ 2017). Ainda no Parque Verde, surgem duas obras o “Chafariz dos Quatro Rios” (2003), uma alegoria à vida, que o autor António Matos transformou num chafariz e a “Montanha Orgânica”, do escultor João Antero (2002). Em frente ao Jardim Municipal, a “Cabeça de Soldado” (2004) evoca a riqueza histórica de Alfândega da Fé, um pouco mais de caminho e a envolvência natural é irrompida pelo ”Portal dos Cerejais” (2002) de Vítor Ribeiro, daqui conseguimos ver a “Nascente” (2003), obra de Volker Schnuttgen. “Totem”, uma intervenção de Hazul, cuja inspiração resultou das memórias das pessoas da terra.

    A Junta de Freguesia “Tétis” dá vida à Deusa da água em alusão à presença de uma nascente neste local, de Frederico Draw e Hazul. Uma “Fénix” surge na alta torre do quartel dos Bombeiros Voluntários, homenagem dos artistas Godmess e Frederico Draw aos soldados da paz. Seguimos até ao Largo do Infantário onde encontramos a escultura de Luísa Perienes, “Frutos da Terra” (2004) fazendo a ligação à cultura da cereja, da castanha, azeitona e amêndoa. Mas frutos da terra são também as crianças que todos os dias se cruzam com a escultura.

    De regresso ao centro, junto ao Recinto da Feira, encontramos “Alnite-Vetão” (2004) do artista Moisés. Alnite que representa um vegetal extraído da terra e Vetão diz respeito aos habitantes da Lusitânia, já no Mercado Municipal apreciamos a recriação da Lenda dos Cavaleiros das Esporas Douradas, em painéis de azulejos de José Emídio e do Mestre José Rodrigues (2002). Descemos e a “Tangência no Interior do Espaço da Construção Geológica” (2003) de Carlos Marques é a escultura que se segue. Mesmo ao lado, surgem duas pinturas: “Futuramos” (2017) de Godmess e “Sarau” (2017) de Hazul, a visão das crianças sobre o mundo que as rodeia. Com inspiração na paisagem circundante surge a obra “Oliva” de Hazul (2017).

    A subida íngreme da encosta revela-nos no Largo das Eiras “A Fonte do Anjo” de Paulo Neves” (2003), uma ligação à fé e à vida. Junto à Igreja Matriz, o escultor Alípio Pinto quis unificar a “Memória/Desenvolvimento” (2002), fazendo a ligação entre o xisto e o metal como representação do desenvolvimento tecnológico. No ponto mais elevado, Miradouro do Castelo, onde a paisagem nos transporta para outra dimensão, deparamo-nos com a obra sem nome (2003) de Carlos Barreira. Junto à Torre do Relógio, nasceu “Tempo” (2016) de Godmess, em referência a toda a envolvência.

    Avistamos os Paços do Concelho e num edifício adjacente, encontramos “Lines Lines Lines” (2016) de Frederico Draw. Um pouco mais à frente, um muro de xisto suporta um painel de azulejos criado, em 2005, por Alberto Péssimo, Américo Moura, Pedro Rocha e Rogério Ribeiro. São quatro olhares sobre a história, cultura, tradição e riqueza natural de Alfândega da Fé. Na Biblioteca Municipal surge “Mistério” (2002) um pórtico de granito que esconde uma figura masculina, do escultor José Esteves. Na Praça do Município encontramos a “Flor Cata-vento” (2002) de Rui Matos, inspirada nos antigos pelourinhos. “Cinco Histórias com Bichos” (2003) de Rui de Matos retém-nos no percurso, mais à frente avistamos a obra de Pedro Fazenda, sem título (2004), mas por cá já lhe chamam ruína por ser isso que representa. De volta, um painel de azulejos num muro de suporte dá-nos uma imagem de todas as localidades do concelho, de Armando Lopes.

    Terminamos na Casa da Cultura Mestre José Rodrigues, uma justa homenagem ao ilustre descendente da terra. Inaugurada em Setembro de 2004, o projeto é da autoria do conceituado Arq.º Alcino Soutinho.

  • Roteiro da História

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    Fundado por D. Dinis em 1294, o concelho tem cerca de 320 Km², repartidos entre a Serra de Bornes, os planaltos de Alfandeguinha e Vilarchão-Parada, o vale do rio Sabor e o vale da Vilariça. A sede é Alfândega da Fé e a parte antiga da Vila, onde se localizou o castelo, assenta numa colina com o ponto mais elevado a cerca de 570 metros de altitude.

    Com perto de dois mil habitantes é uma vila airosa e moderna, onde os traços do passado ainda emergem em vários pontos, desde logo o traçado medieval das ruas mais antigas, localizadas no bairro do Castelo, onde também fica o Miradouro, que oferece uma vista deslumbrante.

    Os edifícios religiosos e algumas casas de famílias mais abastadas foram sobrevivendo aos tempos, mas o elemento mais incomum e de visita obrigatória é a Torre do Relógio, um edifício de planta quadrangular que se destaca do casario pela sua altura, onde poderá visitar a exposição fotográfica “Quando o Relógio voltou a dar Horas”. Próximo desta construção também se localiza a Igreja da Misericórdia e o percurso pela Vila conduz depois à Capela da Família Ferreira, com frontispício barroco e um brasão episcopal picado, por ter pertencido à família dos Távora. Bem perto, mas já fora do que se pensa ter sido o perímetro da muralha, fica a Igreja Matriz, do século XVI e no seu largo a Casa do Adro, futuro Museu Municipal de Arte.

    Na descida para a zona baixa da Vila passa-se pela pequena e simples, mas antiga, Capela do Espírito Santo, construída no século XVI, chegando-se à zona mais recente, com a Praça do Município e vários edifícios, públicos ou privados, que em conjunto acabam por resumir boa parte da história da localidade. A Capela de São Sebastião é do século XVI e começou por ser uma ermida, ostentando um campanário em granito aprimoradamente trabalhado, cujas características se sobrepõem à singeleza da restante construção, não sendo original deste edifício. Em frente e a pouca distância fica o Lagar d’El Rei, destinado à produção de azeite, antiga propriedade dos Távora e do outro lado da rua o Solar do Visconde de Valpereiro, construção já do início do século XX. Na rua 13 de Janeiro, próximo do Lagar d’El Rei, poderá ainda observar algumas construções datadas do século XIX e o portal de entrada da capela da antiga casa dos Condes de S. Vicente.

    Ainda na Praça do Município sobreviveu a Casa Malafaia, construção setecentista, agora restaurada e no mesmo espaço o edifício que começou por ser Tribunal e passou a Câmara Municipal, acabado de construir no início do século XX e três décadas depois ampliado, de que resultou a atual arquitetura modernista.

    Nas imediações deste espaço central encontrará ainda a Casa Grande, onde funciona atualmente a Câmara Municipal, casa de residência privada que fazia parte de um complexo agrícola mais amplo, construído entre a primeira e a segunda década do século XX e que incluía lagar de azeite e de vinho, moagem de cereais e vários armazéns.

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