Durante dois meses vai ser possível estar mais perto do animal que alimenta lendas e histórias passadas de geração em geração, que faz das serras e vales da península ibérica o seu território. Temido por uns e idolatrado por outros, o lobo ibérico é uma das espécies autóctones cuja existência se encontra ameaçada. Motivo pelo qual a ACHLI – Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico, se tem esforçado para conservar a espécie e preservar o seu habitat natural.
A principal atividade da ACHLI é o desenvolvimento de projetos orientados para a conservação do habitat do lobo ibérico, designadamente projetos de gestão florestal, de minimização de conflitos decorrentes da predação de animais domésticos, de gestão cinegética e de fomento da população de presas silvestres, que contam com o envolvimento das populações locais.
O desenvolvimento de estudos de investigação sobre o lobo em Portugal remonta à década de 70. Em 1982 iniciou-se um estudo pioneiro a nível Europeu que envolveu a captura e radio-seguimento de lobos no Nordeste de Portugal. A partir da década de 1990 até à atualidade tem-se verificado um notável incremento nos estudos científicos direcionados ao lobo em Portugal. A monitorização desta espécie nos últimos anos, no âmbito dos procedimentos de Avaliação de Impactes Ambientais de parques eólicos, tem recorrido a tecnologias inovadoras como a análise genética não-invasiva e a telemetria por GPS.
A exposição “No trilho do lobo” tem por base fotografias do fotógrafo de natureza João Cosme, sendo composta por painéis de grandes dimensões, sobre várias vertentes e temáticas relacionadas com o lobo ibérico no nosso país. A mostra conta ainda com uma instalação de vídeo e com ações de sensibilização junto da comunidade escolar.
Para visitar e explorar o lobo ibérico de 14 de setembro a 28 de novembro no CIT –Centro de Interpretação do Território de Sambade/Alfândega da Fé.