Dar forma e cor ao que é invisível e torná-lo presença do espaço, é o conceito que a artista Rosa Ramos nos apresenta na nova exposição do Centro de Interpretação do Território de Sambade/Alfândega da Fé (CIT). “Geometria 3+0” vai estar patente a partir de 17 de outubro, com entrada livre até 31 de dezembro.
A exposição de Rosa Ramos, artista plástica de raízes transmontanas, mostra pinturas e colagens sobre papel, onde a cor e a forma se destacam, dando novas formas e dinâmicas aos objetos e pinturas apresentados.
Um resultado surpreendente, fruto da pesquisa e criatividade da artista plástica que transpõe para as suas obras formas e cores encontradas no seu dia-a-dia. Com triângulos e círculos, o invisível ganha forma e cor, devolvendo a magia às formas geométricas.
A abertura da exposição “Geometria 3+0” realiza-se no dia 17 de outubro de 2024, às 14h30, no CIT, em Sambade.
Sobre a artista Rosa Ramos
Rosa Ramos nasceu em Luanda em 1940. Licenciou-se em Pintura, pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1969. Foi professora de Artes Visuais de 1969/1991. Requisitada para leccionar Cenografia na Academia Contemporânea do Espectáculo, do Porto, de 1991/1994. Professora de Cenografia na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, de 1994/2005. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1981/1982. A partir de 1966 reparte a sua vida artística e profissional no campo das artes plásticas e do Teatro, representando-se em múltiplas exposições individuais ou colectivas e colaborando ou realizando cenografias e figurinos para diversos espectáculos.
Exposições individuais: *Galeria Olga Santos – “Sementes de Gaza” (desenhos), 2016. *Teatro de Vila Real, Sala de Exposições – “Sementes” (desenhos), 2012. *Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal de Estremoz, Prof. Joaquim Vermelho - “Sementes” (desenhos), 2010. *Galeria da Calçada no Porto (desenhos e pintura), 1998. *Casa Museu Abel Salazar (pintura), 1991. *Galeria Árvore no Porto (pintura), 1990. *Galeria Árvore no Porto – “Diário”, (aguarelas), 1980. *Exposição integrada no ciclo de exposições individuais porque sim…porque não?... na Cooperativa Árvore, Porto, 1970. *Galeria Quadrante de Lisboa (pintura), 1969. *Galeria Divulgação do Porto (colagens), 1968
Exposições colectivas: *Fundação José Rodrigues, “Um Espaço a Sete”, (desenho, pintura, fotografia), 2015. *Pintura ou Não? Árvore, Cooperativa de Actividades Artísticas e FBAUP, 2012. *Museu Serralves “Porto 60/70 os Artistas e a Cidade”, 2001. *“Artistas Transmontanos” no Museu de Chaves, 1997. *Co-autora do livro “A Árvore”, (com 30 desenhos) e Exposição dos desenhos (com as Fotografias de Nuno Calvet), na Galeria da Mitra, em Lisboa, 1996. * “Artistas Transmontanos”, na C. M. de Alfandega da Fé, 1993. *“1ª Exposição Colectiva da Árvore”, na Cooperativa Árvore no Porto, 1980. *“Artistas Actuais do Porto nas Colecções do Museu Nacional de Soares dos Reis”, C.A.C. – M.N.S.R./ Galeria JN, Porto, 1978. *Centro de Arte Contemporânea – Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto – “O Erotismo na Arte Moderna Portuguesa”, 1977. *Galeria Espaço, “Janeiro de 1975” no Porto (pintura), 1975. *Museu Nacional de Soares dos Reis, “Levantamento da Arte do Século XX no Porto”, Proposta para um Centro de Arte Contemporânea. Posteriormente apresentada em Lisboa, na Sociedade Nacional de Belas Artes, pela Fundação Calouste Gulbenkian, 1975. *Galeria Ágata, no Porto (pintura em vidro), 1974. *Galeria Quadrante, em Évora (pintura), 1973. *Galeria Zen, no Porto (pintura), 1971. *Galeria Alvarez, no Porto (pintura), 1970.
Teatro: *Figurinos para “A Serpente”, de Nelson Rodrigues, encenação de José Caldas, para a Escola da Noite, Coimbra, 1998. * Cenografia e Figurinos para “Seis Personagens à Procura de Autor”, de Luigi Pirandello, encenação de Mário Feliciano, para o Teatro Municipal de São Luís, Lisboa, 1987. *Figurinos para “Pílades”, de Pier Paolo Pasolini, encenação de Mário Feliciano, para a Fundação Calouste Gulbenkian – ACARTE, 1985.* Figurinos para “Dulcinéia ou a Última Aventura de D. Quixote”, de Carlos Selvagem, encenação de Moncho Rodrigues, para o grupo Os Comediantes, Porto, 1984. *Figurinos para “A Casa de Bernarda Alba” de Garcia Lorca, encenação de Mário Feliciano, para T. N. de D. Maria II, 1983. *Para o Pé de Vento, no Porto; cenografias e figurinos, para “Quem Escondeu o Sol e a Lua”, de Carlos José Reyes, encenação de António Fonseca, 1981. “A Arca do Não É”, 1981, “O Homem do Saco”, 1980, e “Homenagem aos Pés”, 1979, de Manuel António Pina, encenação João Luís. *Figurinos para “ O Casaco Encantado” de Lúcia Benedet, encenação de Correia Alves, para o TUP, 1979. *Figurinos para “Confissão” de Bernardo Santareno, encenação de Júlio Cardoso, para Seiva Trupe – Teatro Vivo, 1979. *Para o TEP; figurinos para “Yerma”, de Garcia Lorca, encenação de Xosé Blanco Gil, 1979. “Histórias de Hakin” de Norberto D’Ávila, 1978 e “Os Preços” de Jaime Salazar Sampaio, 1977, encenação de José Cayolla.* Dispositivo cénico e figurinos para “Os Cornos de D. Gaitas”, de Ramon Dell Valle-Inclán, encenação de Júlio Castronuovo , para Seiva Trupe – Teatro Vivo, 1977. *Figurinos para “La Serva Padrone”, ópera cómica de G.B. Pergolesi, dirigida por Ghunter Arglebe, para o CPO, 1970. *Colaboração na cenografia de “O Gebo e a Sombra” de Raul Brandão, encenação de Ernesto de Sousa, para o TEP, 1966.
Marionetas: *Foi elemento do Teatro de Marionetas do Porto, tendo no período de 1985/1993, concebido e executado as Cenografias, os Figurinos e as Marionetas/Personagens das peças “Contos de Aldeia”, “Vida de Esopo”, “Miséria” e “Vai no Batalha”.
Teatro – Exposições: “TEATROS DE MARIONETAS” – exposição com José Carlos Barros, organizada pelo CRAT (Centro Regional de Artes Tradicionais), e integrada no Festival Internacional de Marionetas do Porto, 1996. *Encontros – ACARTE 1994, “FRAGMENTOS DEMEMÓRIA” , Teatro Independente em Portugal (1974-1994) – representada com a cenografia e marionetas do espectáculo “Miséria”, (Teatro de Marionetas do Porto).
Prémios: Prémio do Concurso de Montras “Biblioteca Universitária Inova”, Porto, 1969. Prémio do Concurso de Montras “Daqui houve nome Portugal”, Inova, Porto, 1968.