Entre 9 e 12 de junho a cereja foi rainha em Alfândega da Fé. A Festa da Cereja proporcionou momentos culturais e de convívio e o evento cumpriu a sua principal finalidade, ou seja, dar a conhecer o que Alfândega da Fé tem de melhor: a hospitalidade das suas gentes, a sua história e cultura, a qualidade dos seus produtos tradicionais.
Numa Festa onde a Cereja é cabeça de cartaz o fruto lá estava presente para delícia de todos quantos passaram pelo recinto municipal de exposições. Apesar do atraso na maturação e de quebras significativas na produção, houve cereja para satisfazer a procura. A Cooperativa Agrícola, principal produtor local, estima que durante os quatro dias de Festa tenham sido comercializadas cerca de 10 toneladas de cereja.
Mas a iniciativa não se fez só deste fruto outros produtos e produtores estiveram em destaque durante os quatro dias de festa. Às cerejas juntaram-se os queijos, azeites, enchidos, compotas, doçarias tradicionais, produtos silvestres entre outros. A Festa assume-se também como um ótimo espaço de divulgação e comercialização destes produtos locais. À qualidade destas iguarias associou-se, este ano, uma novidade. A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé lançou durante a Festa o Vinagre de Cereja. Um produto inovador que faz par com o já afamado azeite Terras de Alfândega e que vem confirmar a versatilidade da Cereja. Se é verdade que poucos conseguem resistir ao fruto em fresco, o facto é que têm vindo a ser descobertas e aproveitadas as suas potencialidades gastronómicas, fazendo com que a cereja de Alfândega vá à mesa ao longo de todo o ano. É o caso das tradicionais compotas ou licores, da cerveja com sabor a cereja, do salpicão de cereja e agora do vinagre de cereja.
Este ano, mereceu também destaque a II edição do Encontro de Pastores. A iniciativa trouxe ao recinto da Festa cerca de 200 participantes. Uma forma de valorizar e apoiar a atividade pastorícia.
A Festa da Cereja faz-se também de muita animação. No programa não faltaram os espetáculos musicais. Destaque para o dia 11 de junho que encheu de orgulho transmontano o recinto da Festa. Com os Galandum Galundaina e Roberto Leal a darem voz a este sentimento, após a polémica que obrigou à substituição de José CID. O evento terminou em clima de convívio e confraternização com a realização do Piquenicão da Família do Tio João. A iniciativa juntou pessoas oriundas de toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.