Chegou ao fim a 4ª edição do Festival de Teatro de Alfândega da Fé. A iniciativa levou, durante os domingos do mês de março, o Teatro à Casa da Cultura Mestre José Rodrigues. Ao Festival que faz da descentralização cultural, da promoção do teatro produzido no interior as suas bandeiras associou-se, este ano, José Luís Peixoto.
O escritor veio a Alfândega da Fé para a abertura deste Festival e esteve à conversa com os Alfandeguenses numa tertúlia entre livros e palavras, durante a qual não faltou uma abordagem a temáticas como a ruralidade, interioridade e despovoamento.Isto no dia em que subia ao palco “À Manhã”, da autoria de José Luís Peixoto. A peça, que retrata a realidade de um interior despovoado e envelhecido, regressou à casa da Cultura passados 5 anos da sua estreia neste espaço cultural. Trata-se de uma produção da Filandorra-Teatro do Nordeste que conjuntamente com a Câmara Municipal de Alfândega da Fé produziu, num processo de residência artística, este espetáculo. Estreado em novembro de 2011, Á Manhã é também um grito de alerta para os problemas da interioridade. Essas mesmas problemáticas que iniciativas como o Festival de Teatro de Alfândega da Fé pretendem contrariar, ao tornar a cultura próxima e acessível, ao festejar a arte e incentivar a produção artística local. Essa é a estratégia da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, que tem vindo a apostar nesta arte performativa com o apoio da Filandorra Teatro do Nordeste. Uma parceria que já permitiu a revitalização da produção teatral no concelho, com a criação do Grupo de Teatro TAFÉ.
Para além da Filandorra- Teatro do Nordeste., passaram pelo festival de Teatro as companhias Fórum Boticas, T'Amaranto e Teatro Experimental Flaviense. À cena levaram as peças: Só Visto; A Birra do Morto e Bailado Russo, respetivamente. A Câmara Municipal, enquanto entidade organizadora deste Festival, faz um balanço positivo desta iniciativa destacando a importância do Teatro para o desenvolvimento cultural do concelho.