Nuno Pinto Fernandes é fotojornalista há 12 anos. Natural de Sambade, no concelho de Alfândega da Fé, vai expor pela primeira vez na sua terra natal com uma narrativa intensa, pessoal e emotiva. Trata-se de uma exposição composta por 20 fotografias que retratam a dura realidade vivida num campo de refugiados em Calais, na França, conhecido por “The Jungle” (a selva).A 13 de Outubro de 2016, Nuno Pinto Fernandes, fotojornalista e professor de fotojornalismo, partiu para França para fotografar a fase final do desmantelamento do maior campo de refugiados da Europa. Calais foi refúgio para muitos migrantes de países como a Síria, Eritreia, Sudão do Sul e Afeganistão, que ali chegaram na tentativa de cruzarem o eurotúnel e alcançarem o Reino Unido. Fugiram da guerra ou da perseguição política e racial de que muitos eram vítimas nos seus países de origem. Encontraram em Calais o fim da linha.
Nuno Pinto Fernandes acompanhou o dia a dia destes homens e mulheres durante 21 dias, numa experiência “ímpar”, como a descreve e que partilha connosco através da fotografia. Este trabalho valeu-lhe o 1º prémio no 1º concurso de fotografia “Objetiva Europa”, realizado pelo Sindicato dos Jornalistas, em colaboração com o Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal em 2019, que juntou ao 1º prémio obtido com a Reportagem Dignitas "Semear a Mudança" em maio de 2016 e à menção honrosa do Prémio Estação Imagem, também no mesmo ano.
A Exposição fotográfica “O Fim da Linha” vai estar patente no CIT – Centro de Interpretação do território, em Sambade, de 15 de agosto até 18 de outubro.