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Parque Micológico de Alvazinhos

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Candidatura aprovada ao COMPETE 2020, Operação n.º 181688, denominada “Requalificação e Reabilitação da Mata de Alvazinhos” —
no âmbito do Aviso n.º 10/REACT-EU/2021 - Apoio à Transição Climática: Resiliência dos territórios face ao risco | Roteiro para o
Desenvolvimento Sustentável e Integrado das Terras de Miranda, Sabor e Tua.
A operação “Requalificação e Reabilitação da Mata Municipal de Alvazinhos” fomenta a resiliência do território face aos riscos e aumenta
a biodiversidade, através de uma gestão florestal que assegura a multifuncionalidade, de ações de silvicultura adequadas e de um programa
direcionado para a fruição da natureza pelos residentes e visitantes do concelho, tendo por tema a criação do «Parque Micológico de
Alvazinhos», abrangendo:
- os acessos próximos, as zonas de entrada e os principais caminhos do Parque de Alvazinhos;
- o núcleo onde está instalado o Centro Interpretativo da Micologia (casa-abrigo) e as zonas de fruição envolventes às charcas.
Custo total elegível | 149.466,79 EUR
Apoio financeiro FEDER | 149.466,79 EUR

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  • Diversidade Ecológica do Parque Micológico de Alvazinhos

    A diversidade ecológica do Parque de Alvazinhos é composta por quatro Bosques de habitats autóctones que foram determinantes para a riqueza florística e faunística do Parque.. A forte dominância do clima mediterrânico, caracterizado por uma pronunciada secura estival, foi decisiva para a ocupação da mata com florestas de espécies autóctones que estão melhor adaptadas que as espécies exóticas às condições climáticas e às características dos solos, sendo por isso mais resistentes à seca e outras particularidades do clima. A conservação destas espécies é importante tanto para manter a paisagem, como a qualidade do ar, retenção da água e a preservação dos solos, mantendo o equilíbrio ecológico dos ecossistemas.

    Os bosques são homogéneos em termos de ocupação arbórea, sendo de pinheiro bravo, sobreiro, castanheiro bravo e apenas um bosque heterogéneo onde podemos encontrar exemplares dispersos de sobreiros, zimbros, azinheira, medronheiros e pinheiros bravos. Além das árvores dominantes, encontram-se nestes bosques numerosas plantas arbustivas como o alecrim, o rosmaninho, a esteva e a giesta. Na generalidade, estas árvores e arbustos apresentam modificações para reduzir a perda de água no verão, como folhas persistentes, pequenas e coriáceas (esclerofilia), revestidas por cutículas espessas, por vezes com um revestimento adicional de pelos, ceras, resinas ou óleos aromáticos.. Para além das plantas lenhosas, que são as que mais se destacam em termos paisagísticos, as herbáceas anuais constituem uma grande proporção do coberto vegetal natural e são o grupo de plantas mais diversificado, entre estas, distinguem-se as gramíneas, as leguminosas e as compostas.

    Em resultado da sua multifuncionalidade, coexistem no pinhal e no montado áreas com arvoredo mais e menos denso, com e sem matos e matagais, com e sem clareiras, o que promove a diversificação dos habitats e dos ecossistemas da Mata de Alvazinhos e a sua biodiversidade. A importância destes diferentes bosques, consociado com a existência no parque de duas charcas de água, para a fauna silvestre encontra-se refletida na diversidade das comunidades faunísticas do parque. Entre os animais que aqui se podem encontrar, destacam-se o coelho-bravo, o javali, a raposa, o corço o esquilo vermelho, répteis como a cobra-rateira, a lagartixa esverdeada e o sardão, aves como a águia real, o pardal, a rola brava e a perdiz, e nas charcas o cagado mediterrânico e a rã ibérica.

    Na primavera são abundantes vários tipos de insetos, destacando-se as abelhas e as borboletas, que voam de flor em flor em busca de pólen e néctar.

    O bosques de árvores autóctones têm um elevado valor patrimonial dado que, desde o início dos tempos, pertencem à paisagem natural e providenciam recursos naturais importantes, como a cortiça, a madeira, a resina e frutos com importância na alimentação humana e animal, como a castanha e a bolota. Ao valor das árvores autóctones acresce ainda o derivado de outras atividades complementares a ela associadas, como a produção de cogumelos, a apicultura, a pastorícia, a caça ou o turismo de natureza.

    O que são árvores autóctones?

    São as árvores que pertencem à flora nativa do território português, isto é, são plantas que devido ao clima característico desta região e à sua história natural ocorrem de forma espontânea em Portugal. Dado que Portugal tem um clima muito variado, tanto de Norte para Sul, como do litoral para o interior, é possível encontrar diferentes espécies consoante as condições ambientais em cada localização geográfica. No Parque Micológico de Alvazinhos podemos encontrar o sobreiros, zimbros, azinheiras, pinheiros bravos e castanheiros bravos.

  • Código de Conduta – Parque Micológico de Alvazinhos e do Centro Interpretativo da Micologia

    O local constitui um espaço aprazível e acolhedor que, proporciona momentos de lazer a todos os utilizadores, potenciando a sua utilização enquanto local de descanso, lazer e de contacto com a natureza. Sendo, no entanto, imprescindível salvaguardar o bom estado de conservação, limpeza e segurança do Parque Micológico, pelo que a utilização daquele está sujeito ao cumprimento dos seguintes normativos:

    1. O Parque está disponível para uso de todos e fruição todos os dias.

    2. Os utilizadores são, exclusivamente, responsáveis por todos os atos por si praticados no Parque Micológico, bem como pela sua segurança e dos seus familiares dependentes, devendo respeitar o ambiente, bem como todo o equipamento e infra-estruturas existentes no local.

    3. É expressamente proibido:

    • Fazer lume ou foguear fora dos locais disponibilizados ou previstos para tal no Parque;

    • Deitar lixo fora dos locais apropriados;

    • Montar acampamentos ocasionais;

    • Circular e estacionar veiculos nas zonas de lazer, excepto nos locais exclusivamente destinados para o efeito;

    • Cortar árvores e arbustos;

    • Fazer ruído que perturbe o meio envolvente e ou demais utilizadores do local;

    • Causar danos no Parque e nos seus equipamentos, durante a sua utilização ou não;

    • Ter o cuidado de não perturbar a fauna ou a flora direta ou indiretamente;

    • Provocar desacatos, desordem e desrespeitar os demais utilizadores do espaço.

    • Apanhar cogumelos por sua livre iniciativa, excepto com autorização ou associado um grupo micológico autorizado para o efeito.

  • Bosque de Castanheiro Bravo

    CASTANHEIRO (Castanea sativa Mill.)

    Castanheiro

    Designação em inglês / espanhol: Sweet Chestnut / Castaño común

    Distribuição geográfica: Natural em diversos pontos do planeta como Europa, África e Ásia. O Castanheiro é espontâneo em todo o território nacional, com prevalência nas regiões Norte e Centro.

    Descrição: Bosque com uma área de 2,60 hectares, composto por um povoamento jovem de castanheiro bravo, puro, instalado em novembro de 2023, com plantas com cerca de 1 a 2 anos de idade. O castanheiro é uma árvore autóctone, caducifólia, de porte mediano, tronco espesso, com folhas de cor verde-escura na página superior e verde-claro na página inferior, que pode atingir entre 20 a 30 metros de altura.

    Utilização: A madeira do castanheiro é utilizada em soalhos, mobiliário, construção naval, tanoaria, produção de tiras para a cestaria, outros…

    Fruto: A castanha desenvolve-se dentro de uma cúpula espinhosa à qual se dá o nome de ouriço, que entre outubro e novembro abre e liberta as castanhas. Como o castanheiro instalado neste bosque é bravo (não enxertado), as castanhas apenas servem para semente e alimentação da fauna selvagem como o javali.

    Floração: Ocorre de maio a junho. As flores são muito atrativas para as abelhas.

     

    MICOLOGIA DO BOSQUE

     

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    AMANITA MUSCARIA

    Nome científico: Amanita muscaria

    Nome comum: amanita mata moscas, mata bois, arrebenta bois

    Morfologia

    Chapéu: de 6 a 20 cm, em forma de ovo em jovem a plano-convexo. Cutícula: lisa, vermelha escarlate a alaranjada, coberto de corpos brancos, às vezes amarelos que são restos do véu. Lâminas: livres, brancas Pé: de 20x3cm, branco, furfuráceo, com base bulbosa. Anel: branco, amplo, estriado. Volva: branca friável, dissociada em verrugas flocosas dispostas mais ou menos regularmente sobre o bolbo. Carne: branca. Odor: nulo. Sabor: agradável herbáceo ou a avelã.

    Comestibilidade: tóxico

    Habitat: bosques mistos e coníferas

    Possíveis confusões: amanita caesarea

     

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    AMANITA PHALOIDES

    Nome científico: Amanita phalloides

    Nome vulgar: Cicuta verde

    Morfologia

    Chapéu: de 5-15 cm, ovóide a convexo aplanado. Cutícula facilmente separável, viscosa em tempo húmido e lustrosa em tempo seco, lisa, de cor verde amarelada não uniforme, por vezes mais pálido ou mais bronzeado, tendo estas diferentes tonalidades tendência a empalidecer ao nível da margem ou depois de uma chuvada. Lâminas: livres, apertadas, brancas. Pé: de 7- 15 × 1-2 cm, cilíndrico, com base bulbosa arredondada, de cor branca esverdeado. Anel: amplo estriado na parte superior branco com tons citrinos. Volva: branca, membranosa, ampla em forma de saco. Carne: branca. Odor: não apreciável. Sabor: doce.

    Comestibilidade: mortal

    Habitat: bosques de planifólios. Verão, Outono

    Possíveis confusões: tricholoma equestre

     

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    RUSSULA SARDONIA

    Nome científico: russula sardónia, drimeia

    Morfologia

    Chapéu: de 3 a 13 cm de diâmetro, convexo a aplanado algo deprimido. Cutícula seca, de cor violeta a vermelho-púrpura. Margem ligeiramente estriada. Lâminas: decorrentes, arqueadas, cremes, depois amarelas. Pé: de 3-10 × 1-2,5 cm, sólido, cheio liso, purpura violeta. Carne: sólida, branca ou ligeiramente amarela. Odor: fraco, afrutado. Sabor: muito picante

    Comestibilidade: não comestível

    Habitat: bosques de coníferas. Outono

     

     

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    TRICHOLOMA PORTENTOSUM

    Nome científico: tricholoma portentosum

    Nome vulgar: Capuchinha, capuchinho

    Morfologia

    Chapéu: de 4 a 10 cm, de jovem, semiesférico a campanulado, de adulto convexo e ondulado. Cutícula separável, viscosa em tempo húmido, lisa, de cor cinzenta fuliginosa com tonalidades violáceas até cinzento acastanhada. Lâminas: sinuadas- uncinadas, brancas com reflexos amarelados não, muito apertadas, desiguais. Pé: de 7-10×1-2, cilíndrico ou um pouco dilatado, fibriloso acetinado, branco, com manchas amareladas. Carne: frágil, branca. Odor: a farinha. Sabor: a farinha.

    Comestibilidade: excelente

    Habitat: bosques de coníferas de solo ácido. Final de Outono-Inverno

  • Bosque de Sobreiros

    SOBREIRO (Quercus suber L.)

    Sobreiro

    Designação em inglês / espanhol: Cork oak / Alcornoque

    Distribuição geográfica: Originário do Oeste da Região Mediterrânica: Portugal, Espanha, França, Itália, Argélia e Marrocos, o Sobreiro é uma árvore comum em todo o País, com grande prevalência a sul do Tejo onde surge na forma de montados e mais esporádica na região norte.

    Descrição: Bosque constituído por um povoamento puro de sobreiro, instalado em 1999, em terraços/patamares, com uma área de aproximadamente 9 ha.

    O sobreiro é uma árvore autóctone, de porte mediano, tronco tortuoso e folhas persistentes, com 15-20 metros de altura. O tronco ramificado em grossas pernadas é revestido por casca acinzentada, algo enegrecida, espessa e fendida, denominada cortiça. É uma espécie protegida em Portugal (Decreto-Lei nº169/2001, 25 de maio D.R. n.º 121, Série I-A, alterado pelo Decreto-Lei n.º 155/2004, de 30 de Junho. D.R. n.º 152, Série I-A.) e instituída como árvore nacional desde 22 de Dezembro de 2011 (Resolução da Assembleia da República nº 15/2012).

    Utilização: Árvore muito importante pelo valor comercial da cortiça, produto do qual Portugal é o primeiro produtor mundial. O primeiro descortiçamento, ou desboia, ocorre quando o sobreiro tem aproximadamente 25 anos e o tronco tenha atingido um perímetro de 70 centímetros, medidos a 1,3 metros do solo. Os descortiçamentos posteriores são feitos com um intervalo de, pelo menos, nove anos. Os frutos (bolotas) servem de alimento para porcos e a madeira, em virtude do seu elevado poder calorífico, é muito utilizada para a produção de lenha.

    Fruto: O fruto do sobreiro é a bolota, algo largas e peludas no ápice, com interior do endocarpo desprovido de pêlos (ou quase) com escamas deitadas e densamente enfeltradas. A maturação dos frutos verifica-se no outono.

    Floração: Ocorre de abril a junho.

     

    MICOLOGIA DO BOSQUE

    Amanita muscaria (13)
    AMANITA MUSCARIA

    Nome científico: Amanita muscaria

    Nome comum: amanita mata moscas, mata bois, arrebenta bois

    Morfologia

    Chapéu: de 6 a 20 cm, em forma de ovo em jovem a plano-convexo. Cutícula: lisa, vermelha escarlate a alaranjada, coberto de corpos brancos, às vezes amarelos que são restos do véu. Lâminas: livres, brancas Pé: de 20x3cm, branco, furfuráceo, com base bulbosa. Anel: branco, amplo, estriado. Volva: branca friável, dissociada em verrugas flocosas dispostas mais ou menos regularmente sobre o bolbo. Carne: branca. Odor: nulo. Sabor: agradável herbáceo ou a avelã.

    Comestibilidade: tóxico

    Habitat: bosques mistos e coníferas

    Possíveis confusões: amanita caesarea

     

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    AMANITA PHALLOIDES

    Nome científico: Amanita phalloides

    Nome vulgar: Cicuta verde

    Morfologia

    Chapéu: de 5-15 cm, ovóide a convexo aplanado. Cutícula facilmente separável, viscosa em tempo húmido e lustrosa em tempo seco, lisa, de cor verde amarelada não uniforme, por vezes mais pálido ou mais bronzeado, tendo estas diferentes tonalidades tendência a empalidecer ao nível da margem ou depois de uma chuvada. Lâminas: livres, apertadas, brancas. Pé: de 7- 15 × 1-2 cm, cilíndrico, com base bulbosa arredondada, de cor branca esverdeado. Anel: amplo estriado na parte superior branco com tons citrinos. Volva: branca, membranosa, ampla em forma de saco. Carne: branca. Odor: não apreciável. Sabor: doce.

    Comestibilidade: mortal

    Habitat: bosques de planifólios. Verão, Outono

    Possíveis confusões: tricholoma equestre

     

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    MACROLEPIOTA PROCERA

    Nome científico: Macrolepiota procera

    Nome comum: Frade, roco, roca, marifusa,

    Morfologia

    Chapéu: de 9-35cm, ovóide a aplanado com mamelão central, margem apendiculada e franjada. Cutícula: branca com escamas castanhas e mamelão liso. Lâminas: livres, brancas depois creme. Pé: de 10-25x1-2,5cm, oco, fibroso, com base bulbosa, atigrado. Anel: membranoso, duplo, móvel, branco por cima e castanho por baixo. Carne: branca, fibrosa no pé. Odor: agradável. Sabor: a avelã.

    Comestibilidade: excelente comestível

    Habitat: Muito frequente em terrenos incultos, campos e culturas herbáceas, clareiras e bordaduras de vegetação arbórea e arbustiva. Final Verão, Outono.

    Possíveis confusões: Chlorophyllum rachodes, tóxica e lepiota brunneoincarnata, venenosa.

  • Bosque dos Pinheiros Bravos

    Pinheiro bravo (Pinus pinaster Aiton.)

    Pinheiro bravo

    Designação inglês / espanhol: Maritime pine / Pino resinero

    Distribuição geográfica: Originário do Sudoeste da Europa e Norte de África, e tem distribuição dispersa pela bacia mediterrânica e pelas costas atlânticas de Portugal, Espanha e França, onde encontra condições ideais para viver, nomeadamente uma humidade atmosférica com influência atlântica que ajuda ao seu crescimento rápido.

    Descrição: Bosque composto por um povoamento puro de pinheiro bravo instalado em 1999, com uma área contínua de 25 ha, com árvores com cerca de 20 anos de idade.

    O pinheiro bravo, espécie autóctone, pode elevar-se até aos 40 metros de altura, com folhas em forma de agulha, agrupadas em pares, persistentes, e raízes profundas que o tornam bastante resistente ao vento, o pinheiro-bravo é a espécie resinosa mais comum de norte a sul de Portugal e também a mais abundante das coníferas, ou seja, das plantas que produzem pinhas.

    Utilização: O seu aproveitamento é principalmente resineiro e madeireiro. A terebentina, obtida da resina utiliza-se para fins medicinais (emplastros, antisépticos, balsâmicos) e o lenho usado na indústria – construção civil, marcenaria, mobiliário, painéis de madeira, embalagens, entre outros – à produção de pasta de papel, em que se mantém como única fonte de fibra longa para o fabrico da pasta kraft não branqueada. Mas quase tudo no pinheiro-bravo pode ser aproveitado: as pinhas ardem com facilidade e são usadas para atear o lume; a casca, usada tradicionalmente no curtimento de couros, é hoje integrada em compostos e substrato de culturas e pavimentação de jardins.

    Frutos: Penisco, semente alada de 7-8mm com asa até 30mm, que é libertado das pinhas a partir da primavera/verão. As pinhas amadurecem no final do verão seguinte e a queda do penisco dá-se na primavera ou verão do terceiro ano.

    Floração: Ocorre na Primavera por volta dos 7 a 8 anos de idade. As flores femininas, chamadas amentilhos, surgem na ponta dos rebentos anuais, no cimo da copa, enquanto as inflorescências masculinas (douradas e em forma de espiga) estão localizadas nas partes intermédia e baixa da copa.

     

    MICOLOGIA DO BOSQUE

     

    Amanita muscaria (30)
    AMANITA MUSCARIA

    Nome científico: Amanita muscaria

    Nome comum: amanita mata moscas, mata bois, arrebenta bois

    Morfologia

    Chapéu: de 6 a 20 cm, em forma de ovo em jovem a plano-convexo. Cutícula: lisa, vermelha escarlate a alaranjada, coberto de corpos brancos, às vezes amarelos que são restos do véu. Lâminas: livres, brancas Pé: de 20x3cm, branco, furfuráceo, com base bulbosa. Anel: branco, amplo, estriado. Volva: branca friável, dissociada em verrugas flocosas dispostas mais ou menos regularmente sobre o bolbo. Carne: branca. Odor: nulo. Sabor: agradável herbáceo ou a avelã.

    Comestibilidade: tóxico

    Habitat: bosques mistos e coníferas

    Possíveis confusões: amanita caesarea

     

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    AMANITA PHALLOIDES

    Nome científico: Amanita phalloides

    Nome vulgar: Cicuta verde

    Morfologia

    Chapéu: de 5-15 cm, ovóide a convexo aplanado. Cutícula facilmente separável, viscosa em tempo húmido e lustrosa em tempo seco, lisa, de cor verde amarelada não uniforme, por vezes mais pálido ou mais bronzeado, tendo estas diferentes tonalidades tendência a empalidecer ao nível da margem ou depois de uma chuvada. Lâminas: livres, apertadas, brancas. Pé: de 7- 15 × 1-2 cm, cilíndrico, com base bulbosa arredondada, de cor branca esverdeado. Anel: amplo estriado na parte superior branco com tons citrinos. Volva: branca, membranosa, ampla em forma de saco. Carne: branca. Odor: não apreciável. Sabor: doce.

    Comestibilidade: mortal

    Habitat: bosques de planifólios. Verão, Outono

    Possíveis confusões: tricholoma equestre

     

    Lactarius deliciosus (8)
    LACTARIUS DELICIOSUS

    Nome científico: lactarius deliciosus

    Nome comum: sancha, pinheira

    Morfologia

    Chapéu: de 5-13 cm de diâmetro, convexo a embudado. Cutícula: ligeiramente viscosa com a humidade, alaranjada ou cor de cenoura, ficando verde nas zonas magoadas. Lâminas: arqueadas, apertadas e decorrentes, alaranjadas, ficando verde nas zonas tocadas. Pé: de 3-7×1-3cm, cilíndrico, de inserção central, robusto e curto, cor de laranja pálido com pequenas depressões de cor mais intensa, oco no estado adulto. Carne: Firme e compacta, quebradiça, esbranquiçada no centro e cor de laranja na periferia; ao corte segrega um leite cor de laranja que ao fim de algumas horas evolui para esverdeado. Látex: alaranjado, quando oxida torna-se verde. Odor: agradável. Sabor: adocicado com final um pouco acre.

    Habitat: Bosques de pinheiros. Outono

    Possíveis confusões: lactarius semisanguifluus, também comestível, e com lactarius chrysorrheus, tóxico.

     

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    SUILLUS BELLINII

    Nome científico: Suillus Bellinii

    Nome vulgar: Moncoso

    Morfologia

    Chapéu: de 4-10 cm, Hemisférico a convexo estendido. Cutícula muito viscosa e separável, branca, depois castanho. Pé: de 2-5×1-3 cm, cilíndrico curvado, branco amarelado, com granulações resinosas muito escuras. Poros: Redondos, com gotinhas brancas Leitosas, amarelaos, depois com tons verdes. Tubos: curtos, decorrentes, amarelados, não separáveis. Carne: macia, branca amarelada. Odor: inodoro. Sabor: insípido.

    Comestibilidade: comestível aceitável em jovem.

    Possíveis confusões: com Suillus granulatus, de poros de cor amarela ouro e granulações no pé menos marcadas.

    Habitat: debaixo de pinheiros. Outono.

     

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    TRICHOLOMA EQUESTRE

    Nome científico: Tricholoma equestre

    Nome comum: canários, míscaro, tortulho

    Morfologia

    Chapéu: de 5-12 cm, convexo-obtuso a plano-convexo. Margem enrolada. Cutícula separável, espessa, viscosa, De cor amarelo enxofre, um pouco oliváceo ou amarelo ocráceo sobretudo na margem, mosqueado de castanho ou castanho avermelhado para o centro também se pode apresentar com uma tonalidade lisa olivácea mais escura. Lâminas: sinuadas-uncinadas, frágeis e desiguais, amarelas. Pé: de 5-10×1,2 cm, amarelo, ponteado de manchas castanhas, cilíndrico, por vezes um pouco alargado na base, maciço com a superfície lisa. Carne: branca. Odor: fúngico. Sabor: doce.

    Comestibilidade: muito bom, apesar de advertências para ser consumido em pequenas quantidades.

    Possíveis confusões: tricholoma sulphureum que é tóxico e com amanita phaloides, venenosa mortal.

    Habitat: bosques de coníferas. Outono.

  • Bosque Natural

    Neste bosque seminatural, que ocupa uma área de cerca de 6 ha, podemos encontrar um ecossistema mais natural e antigo composto por espécies endémicas como a azinheira, o zimbro, o medronheiro, o sobreiro e o pinheiro bravo.

    AZINHEIRA (Quercus rotundifólia L.)

    Azinheira

    Designação em inglês / espanhol: Holm Oak / Encina

    Distribuição geográfica: Originária do sul da Europa, é espontânea em quase toda a bacia do mediterrâneo. Existe em Portugal, principalmente no interior alentejano, explorada em montados, habitualmente em consociação com uma cultura agrícola ou pastagem.

    Descrição: Árvore de folhas persistentes, com 15-20 metros de altura. O tronco, curto e tortuoso, tem uma casca acinzentada ou parda. As folhas com cor verde-escura, brilhantes nas faces superiores e esbranquiçadas nas inferiores. É uma espécie protegida em Portugal (Decreto-Lei nº169/2001, 25 de maio). Isto, apesar do seu grau de ameaça ser considerado globalmente como “Pouco Preocupante”.

    Utilização: Usada, principalmente, para produção de fruto, que serve de alimento para porcos denominados de montanheira. É também utilizada para produzir carvão, madeira e lenha (madeira com elevado poder calorífico).

    Fruto: O fruto da azinheira é a bolota, por vezes doces, com pêlos acetinados; com 2 a 3cm de comprimento, com pedúnculo lenhoso e rijo. A maturação ocorre no outono.

    Floração: Ocorre de março a junho

     

    MEDRONHEIRO (arbutus unedo)

    Medronheiro

    Designação em inglês / espanhol: Strawberry Tree / Madroño

    Distribuição geográfica: Natural da região mediterrânica e Europa Ocidental, o Medronheiro é uma espécie espontânea em quase todo o território nacional.

    Descrição: É uma árvore ou arbusto de folha perene, de porte pequeno, tronco tortuoso e casca fendilhada, que pode atingir um crescimento entre 5 a 10 metros de altura.

    Utilização: O medronheiro produz frutos comestíveis de grande beleza, bastante apreciados sobretudo no sul de Portugal, onde são usados na produção de licores, aguardentes e compotas.

    Fruto: Medronho cuja maturação decorre no outono do ano seguinte.

    Floração: Flores urceoladas de cor branca, esverdeadas ou rosadas dispostas em panículas terminais pendentes. Ocorre de outubro a fevereiro.

     

    ZIMBRO OXICEDRO (Juniperus oxycedrus L.)

    Zimbro

    Designação em inglês / espanhol: Prickly Juniper / Enebro rojo

    Distribuição geográfica: Região mediterrânica, da Península Ibérica e Marrocos até ao norte do Irão. Em Portugal as ocorrências verificam se em Trás-os-Montes, Nordeste da Beira Interior, Bacia do Alto Tejo, Estremadura e Alentejo.

    Descrição: O zimbro é um arbusto ou árvore de alturas compreendidas entre 3 a 5 metros, atingido, por vezes, os 15 metros. Árvore dióica (com indivíduos masculinos e femininos). As folhas, 3 por nó, simples, semelhantes entre si, aciculares, rígidas e persistentes.

    Utilização: As bagas, resinas e sua madeira possuem várias potencialidades. A madeira é ornamental e pode ser usada em marcenaria (fabrico de lápis, caixas de charutos, marcenaria artística,…), as suas bagas na gastronomia, perfumaria, medicinais, entre outras. As frutificações são consumidas por cabras e ovelhas.

    Fruto: Frutificações carnudas designadas por gálbulas, vermelho a castanho, com 8-15mm de diâmetro que a tingem sua maturação ao segundo ano.

    Floração: abril – maio.

     

    CARVALHO - PORTUGUÊS (Quercus faginea L.)

    Carvalho português

    Designação em inglês / espanhol: Portuguese oak / Roble carrasqueño

    Distribuição geográfica: Sudeste de França, Península Ibérica, Marrocos e Argélia. Em Portugal a ocorre nos sobreirais transmontanos.

    Descrição: Árvore autóctone de copa ampla, podendo atingir os 25 metros de altura, de folha caduca, verde-escuras na página superior e com pilosidade na página inferior.

    Utilização: Outrora utilizado para a construção de caravelas e naus, atualmente é utilizado sobretudo para vigas e pavimentos.

    Fruto: Bolota com 1,5-3,3cm que atingem a maturação em setembro a outubro.

    Floração: Flores de lobos obtusos, as masculinas em amentos ciliados que florescem de março a abril.

     

    BORRAZEIRA-PRETA (Salix atrocinerea B.)

    Borrazeira

    Designação em inglês / espanhol: Rusty Sallow / Sauce ceniciento

    Distribuição geográfica: Europa atlântica, norte da África. Em Portugal está representada em todo o território exceptuando algumas zonas mais continentais do centro e sul.

    Descrição: Arbusto ou árvore dióica de copa pouco densa, caduca, podendo atingir até 15 metros de altura. Folhas simples, alternas, oblongo-obovadas com pêlos ferruginosos em ambas as páginas ou só na inferior que é glauca.

    Utilização: Por florescer tão cedo é uma importante espécie melífera e como tem um extenso sistema radicular é ideal para estabilizar terrenos.

    Fruto: Flores agrupadas em amentos, dando origem a uma pequena semente que atingem a sua maturação em abril e maio.

    Floração: janeiro a abril

     

    MICOLOGIA DO BOSQUE

    Amanita muscaria (28)
    AMANITA MUSCARIA

    Nome científico: Amanita muscaria

    Nome comum: amanita mata moscas, mata bois, arrebenta bois

    Morfologia

    Chapéu: de 6 a 20 cm, em forma de ovo em jovem a plano-convexo. Cutícula: lisa, vermelha escarlate a alaranjada, coberto de corpos brancos, às vezes amarelos que são restos do véu. Lâminas: livres, brancas Pé: de 20x3cm, branco, furfuráceo, com base bulbosa. Anel: branco, amplo, estriado. Volva: branca friável, dissociada em verrugas flocosas dispostas mais ou menos regularmente sobre o bolbo. Carne: branca. Odor: nulo. Sabor: agradável herbáceo ou a avelã.

    Comestibilidade: tóxico

    Habitat: bosques mistos e coníferas

    Possíveis confusões: amanita caesarea

     

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    AMANITA PHALLOIDES

    Nome científico: Amanita phalloides

    Nome vulgar: Cicuta verde

    Morfologia

    Chapéu: de 5-15 cm, ovóide a convexo aplanado. Cutícula facilmente separável, viscosa em tempo húmido e lustrosa em tempo seco, lisa, de cor verde amarelada não uniforme, por vezes mais pálido ou mais bronzeado, tendo estas diferentes tonalidades tendência a empalidecer ao nível da margem ou depois de uma chuvada. Lâminas: livres, apertadas, brancas. Pé: de 7- 15 × 1-2 cm, cilíndrico, com base bulbosa arredondada, de cor branca esverdeado. Anel: amplo estriado na parte superior branco com tons citrinos. Volva: branca, membranosa, ampla em forma de saco. Carne: branca. Odor: não apreciável. Sabor: doce.

    Comestibilidade: mortal

    Habitat: bosques de planifólios. Verão, Outono

    Possíveis confusões: tricholoma equestre

     

    Lactarius chrysorrheus (3)
    LACTARIUS CHRYSORRHEUS

    Nome científico: Lactarius chrysorrheus

    Nome comum: falsa sancha

    Morfologia

    Chapéu: de 4-10cm De diâmetro, convexo a aplanado. Cutícula seca, ocre alaranjada com tons rosados, zonada. Lâminas: adnatas, com numerosas lâminas, branco creme, depois alaranjado. Pé: de 3-7×0,5-1,5 cm, cheio, depois oco, branco com matizes alaranjados, pruinoso, depois liso. Carne: Branca. Látex: branco tornando-se amarelo enxofre, muito picante. Odor: fúngico. Sabor: muito picante.

    Comestibilidade: não comestível

    Possíveis confusões: lactarius deliciosus, outros lactarius

    Habitat: Bosques de planifólios. Outono e inverno.

  • Flora do Parque

     

    Alecrim

    Alecrim ou rosmaninho (Rosmarinus officinalis L.)

    Designação em inglês / espanhol: Rosemary / Romero

    Arbusto aromático de ramos abundantes, atingindo um porte até 2 metros de altura, de folhas persistentes. A floração ocorre quase todo o ano mas essencialmente entre janeiro e maio. As flores são altamente melíferas, atraindo as abelhas e vida selvagem.

     

     

    Giesta

    Giesta-das-sebes (Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.)

    Designação em inglês / espanhol: Broom shrub / Escobón

    Arbusto alto, de folha caduca, podendo atingir até 3 metros de altura. A floração ocorre março a julho. Atrai muitos insectos (abelhas, borboletas, formigas, etc).

     

     

     

    Estevinha

    Estevinha (Cistus salviifolius L.)

    Designação em inglês / espanhol: Sageleaf rockrose / Jaguarzo morisco

    Pequeno arbusto não viscoso, muito ramoso, podendo atingir 1 metro de altura. Folhas verdes escuras, persistentes, A flor é uma corola branca e a floração ocorre de maio a junho. As flores são muito atractivas para as abelhas. Espécie beneficiada pelo fogo.

     

     

    Rosmaninho

    Rosmaninho-maior, arcã (Lavandula pedunculata Cav.)

    Designação em inglês / espanhol: French lavender / Cantueso

    Pequeno arbusto aromático, tomentoso, de folha persistente, podendo atingir 1,5 m de altura. Flores agrupadas numa densa espiga ovóide, violetas ou purpúreas que florescem durante fevereiro e julho. Uma das mais importantes plantas melíferas da flora portuguesa.

     

     

     

     

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    Silva(Rubus ulmifolius Schott)

    Designação em inglês / espanhol: elm-leaved bramble / zarzamora

    Arbusto sarmentoso formando moitas impenetráveis, de folha caduca. Flores em panículas piramidais terminais, que florejem de maio a agosto, dando origem a um fruto conhecido por amora, uma polidrupa negra, globosa, de sabor doce que atingem o estado de maturação em agosto e Setembro. Os frutos atraem muitas espécies de aves, assim como as flores, insetos.

     

     

    Estevas

    Esteva (Cistus ladanifer)

    Designação em inglês / espanhol: gum rockrose / el ládano

    Arbusto nativo que pode alcançar 2.5m de altura. Folhas verde-escuras opostas e lanceoladas. Flores grandes (5-10cm de diâmetro) com cinco pétalas brancas, normalmente com uma marca vermelho-acastanhada na base de cada uma, rodeando os estames e pistilos amarelos. A floração ocorre em Maio-Junho. Produz um exsudado de resina aromática denominado ládano ou lábdano que é usado em perfumes, especialmente como fixador.

     

     

    Urze

    Urze-branca (Erica lusitânica)

    Designação em inglês / espanhol: Portuguese heath / Brezo de Portugal

    Arbustos até 4 m de altura, ramos densamente pubescentes, com pelos lisos. Folhas geralmente tetraverticiladas, de (3,5-) 5-6 (-7) mm, lineares, totalmente revolutas, glabras. Inflorescência paniculada, formada por pequenos racimos. Sépalas com um 1 mm, ovados, glabros. Corola de 4-5 mm, campanulada, com lóbulos erectos, branco-rosada. Anteras incluídas, apendiculadas. Floração entre dezembro e março.

     

     

     

     

    Lentisco

     

    Lentisco (Phillyrea angustifolia L.)

    Designação em inglês / espanhol: narrow-leavedL / Abiérgano

    Espécie arbustiva raramente apresentando porte arbóreo (até 4 m), é uma das mais características das florestas mediterrânicas mais termófilas, suportando grande secura do solo. Planta de interesse apícola pois a partir de fevereiro cobrem-se de pequenas e inúmeras flores perfumadas. Depois no outono, oferece as suas bagas negro-azuladas às aves.

  • Fauna do Parque

    MAMÍFEROS

    Esquilo

    Esquilo Vermelho (Sciurus vulgaris)

    Designação em inglês / espanhol: red squirrel / ardilla roja

    Os esquilos vermelhos são pequenos mamíferos roedores, com 40 a 64 cm de tamanho e um peso de 200 a 400 gramas, que estiveram praticamente extintos em Portugal e são uma espécie autóctone portuguesa.

    São facilmente identificados pela sua cauda felpuda e pelos tufos de pêlos das orelhas. Já a sua coloração pode variar desde o mais acinzentado para o preto. São excelentes trepadores de árvores, muitas vezes movimentando-se de árvore em árvore aos saltos.

    No Outono os esquilos estão ativos durante quase todo o dia, por isso, o seu avistamento é mais fácil. Sendo as pinhas o seu alimento preferido, será mais fácil encontrar estes animais em bosques de pinhais.

     

    Javali

    Javali (Sus scrofa)

    Designação em inglês / espanhol: wild boar / jabalí

    O javali é um mamífero em que o macho pode pesar de 50 até 250 kg e uma fêmea de 40 até 200 kg, embora já tenham sido encontrados com maior peso. Podem atingir 0,65 metros de altura ao garrote e cerca de 1,40 a 1,80 metros de comprimento. Possuem caninos superiores voltados para cima, chegando a medir 12 cm para fora da boca. Os machos possuem caninos maiores, que são utilizados para competir com outros machos e para se defenderem contra predadores. É onívoro e fuça o dia todo em busca de frutos, raízes, sementes, matéria vegetal em geral. Tomam banho de lama para regular a temperatura corpórea.

    Os javalis nascem com listas escuras longitudinais, razão pela qual lhes chamam “listados”. A partir dos 6 meses, vão perdendo progressivamente as listas e ficam com o pelo acastanhado. Por volta do primeiro ano de vida, tornam-se mais escuros, com gradações que vão dos cinzentos ao preto. Forrageiam geralmente no anoitecer, mas podem fazer também durante o dia.

     

    Corço
    Corço (Capreolus capreolus)

    Designação em inglês / espanhol: roe deer / corzo

    O corço é um dos cervídeos ibéricos, possui hastes pequenas, que normalmente têm três pontas no estado adulto.

    Durante a época de reprodução, as hastes são usadas nas lutas entre machos e ajudam a indicar os elementos com melhor condição física.

     

     

     

    Raposa

    Raposa (Vulpes vulpes)

    Designação em inglês / espanhol: red fox / zorro común

    A raposa caracteriza-se por apresentar uma pelagem castanho-avermelhada e uma cauda espessa. As orelhas são longas e pontiagudas. É um animal com atividade noturna e crepuscular. O acasalamento ocorre entre dezembro e fevereiro e após 2 meses de gestação, nascem entre 4 a 5 crias em tocas escavadas e protegidas por vegetação. Alimenta-se essencialmente de pequenos mamíferos, aves, peixes, insetos e por vezes de frutos.

     

    Coelho

    Coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus)

    Designação em inglês / espanhol: European rabbit / conejo común

    Espécie com 34 a 50 cm de comprimento cabeça-corpo. As orelhas têm um comprimento inferior ao da cabeça, com as pontas castanhas. A superfície superior da cauda é castanho-escura (branca por baixo, visível quando foge). Apresenta uma mancha castanho-avermelhada na zona superior do pescoço e o pêlo do ventre cinzento-azulado. Hábitos crepusculares e nocturnos, com actividade diurna quando não há interferência do Homem.

     

    AVES

     

    Aguia

    Águia-real (Aquila chrysaetos)

    Designação em inglês / espanhol: golden eagle / águila real

    A águia-real é a maior das águias portuguesas. As asas são grandes e largas e a cauda proporcionalmente comprida, com a cabeça projetada, exibindo a tonalidade pálida da nuca, que pode ir do castanho claro ao dourado quase branco. A sua observação é mais fácil no início da Primavera, quando efetua as paradas nupciais.

     

    Pardal
    Pardal (Passer domesticus)

    Designação em inglês / espanhol: house sparrow / pardal

    Ave com aproximadamente 15 cm de comprimento. O macho tem a parte superior do corpo malhada de castanho e preto com a nuca cor de chocolate e a coroa cinzenta. O bibe é preto e alarga-se no peito. A fêmea é castanha e castanho-clara com o dorso malhado.

     

     

     

     

    Rola

     
    Rola-brava (Streptopelia turtur)

    Designação em inglês / espanhol: European turtle dove / tórtola europea

    A rola-brava é o membro mais pequeno da família dos pombos (Columbidae) na Europa, e atualmente as suas populações encontram-se a diminuir por todo o continente europeu, sendo uma das espécies outrora consideradas comuns, mas que já não é facilmente observável.

    Ave com aproximadamente 27 cm de comprimento. É castanho-acinzentada na cabeça e no dorso e rosada na parte inferior. É uma ave migradora, que chega geralmente em Abril e parte em Setembro depois de ter invernado na África meridional. Constrói o ninho em árvores, arbustos altos ou sebes.

     

    Perdiz

    Perdiz comum (Alectoris rufa)

    Designação em inglês / espanhol: red-legged partridge / perdiz roja

    Galináceo de corpo arredondado, com plumagem cinzento-acastanhada na zona dorsal e arruivada na zona ventral. A cabeça apresenta um padrão colorido e inconfundível: testa cinzenta, lista supraciliar branca descendente, banda ocular negra que se estende pelo pescoço até ao peito, terminando num colar peitoral malhado e preto. A garganta é mais clara, entre o branco e o creme. Destaca-se ainda o contorno ocular, vermelho-vivo, tal como o bico. Os flancos são cinzento-azulados, destacando-se a presença de marcas em forma de listas castanhas, marginadas de preto. Os juvenis são essencialmente acastanhados. Ocorre preferencialmente em áreas abertas com vegetação arbustiva e rasteira.

     

    RÉPTEIS

     

    Cagado

    Cágado-mediterrânico (Mauremys Ieprosa)

    Designação em inglês / espanhol: berian pond turtle / galápago leproso

    O cágado pode atingir os 25 cm de comprimento. A carapaça é uniforme e comprimida dorso-ventralmente, destacando-se o encaixe das placas ossificadas. Tanto o corpo como a carapaça são de uma coloração que pode variar entre o verde-oliváceo e o cinzento-esverdeado ou acastanhado, podendo apresentar algumas manchas difusas e alaranjadas na carapaça. Destaca-se também a presença de listas laranjas no pescoço, assim como nas patas dianteiras. O plastrão (carapaça ventral) é ligeiramente côncavo no macho, sendo plano ou ligeiramente convexo na fêmea. Podem apresentar escamas amareladas no pescoço, patas ou cauda.

    A alimentação é baseada em algas, plantas aquáticas, invertebrados, anfíbios (larvas e adultos) e peixes. É frequente vê-los ao sol junto a charcas de água desde o início da primavera até ao outono solarengo.

     

    Rá

    Rã-ibérica (Rana iberica)

    Designação em inglês / espanhol: Iberian frog / rana patilarga

    Trata-se de uma rã esbelta, de focinho pontiagudo, que pode atingir os 5,5 cm de comprimento. Uma das características mais importantes é a presença de uma faixa temporal escura, que parte das narinas e atravessa os olhos proeminentes, bordeada na sua zona inferior por uma banda esbranquiçada, mais estreita, que se estende do olho à boca. Pode ser encontrada nos charcos.

     

     

    Largatixa

    Lagartixa esverdeada (Podarcis virescens)

    Designação em inglês / espanhol: Geniez's wall lizard / lagarta

    O corpo é moderadamente robusto e tem uma cabeça ligeiramente achatada. As escamas dorsais têm a forma de contas, típicas do género. Sendo um lacertídeo, o dimorfismo sexual é marcado pelo corpo cilindriforme, cabeça mais larga e a presença de poros femorais desenvolvidos nas virilhas do macho, em contraste com o corpo mais sinusoidal, a cabeça mais estreita e os poros femorais incipientes da fêmea. Ademais os sexos diferem na coloração. Observável de fevereiro a outubro e mesmo em dias mornos de inverno, expondo-se fora do seu abrigo para apanhar sol.

     

    Sardão

    Sardão (Timon lepidus)

    Designação em inglês / espanhol: ocellated lizard / lagarto ocelado

    Trata-se do maior lagarto da Península Ibérica, podendo chegar aos 80 cm de comprimento total (corpo + cauda). É bastante robusto e apresenta uma coloração verde-alface, muito vibrante, assim como um característico padrão marmoreado na zona dorsal (ocelos negros) e nos flancos (ocelos azuis orlados de negro). Destaca-se, igualmente, a sua cabeça, robusta e de grandes dimensões, mais larga no macho. Possui mandíbulas fortes. A zona ventral é esbranquiçada, esverdeada ou amarelada, com escamas dispostas em filas longitudinais. A cauda é comprida, podendo ultrapassar o dobro do tamanho corporal. Apresenta cinco dedos em cada pata. Come insetos e até pequenas lagartixas, aves e roedores (ratos e outros), plantas e frutos maduros. Tem preferência por clareiras em pinhais.

     

    Cobra

    Cobra-rateira (Malpolon monspessulanus)

    Designação em inglês / espanhol: Montpellier snake / culebra bastarda

    Cobra-rateira é inofensiva, apesar de ter veneno, esta espécie tem um mecanismo muito rudimentar de injecção de veneno, muito ineficiente para ser considerada perigosa para os humanos.

    É a maior cobra que ocorre em Portugal, podendo ultrapassar os 2 m de comprimento total. A cabeça é estreia e o focinho afunilado. Os olhos são grandes e a íris varia entre tonalidades âmbar e alaranjadas.Possui escamas supraoculares proeminentes, o que lhes dá um olhar mais agressivo, característico da espécie. Possui uma concavidade entre os olhos e o orifício nasal. O corpo é delgado e a cauda relativamente longa. Existe dimorfismo sexual no que diz respeito à coloração e ao padrão: nos machos a coloração dorsal é diversificada e o padrão uniforme, variando entre tons esverdeados, acastanhados ou acinzentados. Nos indivíduos adultos, a zona anterior do dorso (junto ao pescoço) apresenta uma distinta mancha mais escura. O ventre é de uma tonalidade amarelada, podendo exibir manchas mais escuras. Pode ser encontrada em orlas de bosques, montados, pinhais, matagais, assim como em zonas mais abertas e pedregosas.

  • Mapa do Parque

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